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Sobre Cinema

Foto do escritor: SAUDE&LIVROS FommSAUDE&LIVROS Fomm

Atualizado: há 3 dias

por Isabel Fomm de Vasconcellos Caetano


Linda foto, linda luz, um dos meus quadros SóSexo na Band TV, sobre cinema.
Linda foto, linda luz, um dos meus quadros SóSexo na Band TV, sobre cinema.

1. CONCLAVE e PERDIDA NO DESERTO.

 

Fui ao cinema, a convite da Lilly Drosophyla. Fomos assistir “Conclave”, que concorreu ao Oscar. Saí da sessão certa de que continuo concordando com Asterix: “Os romanos são todos uns neuróticos”.

 

Muito boa a atuação, como sempre, de Ralph Fiennes, mas o enredo peca por um final meio idiota.

 

No entanto, o clima de tensão que domina o filme é brilhantemente reforçado pelo uso da música. Violinos agressivos, acordes violentos, algo que me pareceu um tanto moderno no cinema: o uso brutal da música como reforço de clima.

 

Em resumo, gostei.

 

Mas, ao chegar em casa me vejo sem Internet, pior, sem NET-Claro. Nem TV, nem Web. Só no celular consigo navegar em alguns sites, nem todos.  Estou me sentindo como naquele filme “The World Behind Us”, burramente traduzido no Brasil como “O Mundo Depois de Nós” quando a tradução é o mundo por detrás de nós.

 

Pra quem não viu esse filme, é o colapso da Internet e, com ela, o colapso de tudo: todas as mídias, o controle de veículos automáticos, deixando a todos sem informação e completamente desnorteados. O filme simplesmente não termina, não tem um final, sobrando pra você, espectador, as muitas hipóteses: ataque terrorista, falência dos satélites... Um verdadeiro terror. Mas, de fato, escancara a nossa atual e completa dependência da WEB.

 

Aterrorizante. Assim como, nesse momento, é aterrorizante não ter Internet nem TV. Vai voltar, é claro. Segundo a nossa operadora, a Claro, a previsão é 2h30 da madrugada. Há pouco, voltou e logo caiu de novo. Meus olhos se deslocam, a cada instante, para o pequeno ícone na barra de tarefas, na esperança de que ela tenha voltado, a Internet, pois, sem ela, viver é como estar perdido no Saara.

 

 

Quarta-feira, 05 de março de 2025

 

2. O BRUTALISTA

 

Daqui a pouco vou de novo ao Reserva Cultural. Hoje convidei a Lilly para assistirmos juntas “O Brutalista”. Para quem ficou 15 anos sem entrar numa sala de Cinema, estou quebrando todos os meus records. Quando voltar, comento. Espero que a Internet ainda esteja aqui...

....

Chego do cinema e a minha Internet me diz: “Ainda estou aqui”, graças a Deus.

 

Mais de 3 horas e meia de filme, com intervalo de 15 minutos para um café, o filme que deu a Adrien Brody o seu segundo Oscar de melhor ator, prende. A música – como em “Conclave” – também desempenha um papel especial no reforço das emoções.

 

A arquitetura escancarada como expressão política, os dramas pessoais e intensos dos personagens, me fizeram ir ao Google para saber se, afinal, a vida de Lázló Toth – o arquiteto vivido por Brody – era ou não baseada numa história real. Não é. Mas parece.

 

Verdadeira demais para ser ficção, a gente pensa enquanto assiste.

 

Gostei. Vou virar ratazana de cinema. Afinal, a telona é bem melhor que a telinha.

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